terça-feira, 8 de novembro de 2016

Eu me lembrei...

Um dia desses enquanto eu escrevia um trabalho de escola, parei por uns instantes e comecei a pensar sobre coisas que já aconteceram e desde de então isso vêm acontecendo com frequência. Não que seja algo bom, eu gosto disso, gosto de me lembrar dos momentos felizes. 
Então naquele dia eu me lembrei da dança, do teatro, da música, das vendinhas de rua, dos dias de chuva em que assistia filmes na sala com minha irmã, das feiras de culturas em que eu saia de lá totalmente pintada de borboleta.
Então depois aconteceu de novo, me lembrei da minha primeira escola de ensino fundamental. Eu costumava me lembrar de lá de um jeito ruim, mas quando me lembrei dessa vez, foi de um jeito bom. Eu só conseguia pensar em como eu pensava que pudia fazer o que eu quisesse, podia ser atriz, cantora, dançarina e veterinária ao mesmo tempo, e hoje mal sei o que posso e o que quero ser. 
Me lembrei de quando eu comecei a escrever, eu sempre fui uma pessoa sem paciência, sensível e tão ingênua daquele jeito não sabia o que fazer, mas estava certa de que ninguém entenderia, então comecei a escrever no papel, diários, poemas, e até xingamentos... ele não precisava me entender, só precisava me ler, era tudo que eu precisava, porque afinal quem naquela época queria dar ouvidos a uma menininha tão boba?
E ainda hoje ainda me sinto assim, uma menininha boba. Preciso do abraço das pessoas, eu sei que isso é meio egoísta, mas cá entre nós, costumo tratar meu coração como uma criança doente, dou-lhe tudo o que me pede, as pessoas não entenderiam eu sei, mas ultimamente isso não tem acontecido. Afinal, nem tudo que quero eu posso. 
Voltando as lembranças... 
Quando abri as pastas do meu computador, achei minhas músicas lá de 2012, e me lembrei de quando eu achei um cd, não sabia que aquele cd mudaria algo na minha vida, mas mudou. Lembro que as primeiras músicas que ouvi eram do Charlie Brown Jr, ao ouvir me apaixonei pelas músicas, pela banda e pelo chorão, se tornou minha banda preferida, mas mal sabia que no ano seguinte não teria mais chorão, nem charlie brown jr. Foi por lá que conheci tantas músicas, quando escutei the beatles, nirvana, nando reis, entre outros, pela primeira vez. Eu odiei as músicas de primeira, mas por algum motivo eu sempre colocava aquele cd pra tocar, até que eu simplesmente comecei a gostar tanto daquelas músicas. 
Achei que iria parar por ai, afinal os anos seguintes não foram tão bons, foi uma transição minha e eu não sabia com quem eu podia ou não contar. 
Mas eu me lembrei de Janeiro deste ano. Eu achei estranho, enquanto eu passava pela praça que tem em uma avenida muito conhecida e cheia de comércios, comecei a me lembrar das vezes que fui até lá nas férias, eu me deitava nos banquinhos e pensava em tanta coisa. Principalmente em um garoto que eu gostava na época, e hoje dou tantas risadas disso, eu tinha uma queda por um atendente da livraria, e eu ia lá justamente na hora do almoço dele, porque ai eu o via. Eu não me entendia, mas eu era eu e isso era tão bom. Quando eu passei lá a minha maior vontade foi me deitar lá de novo, e pensar em coisas novas, e rir de mim mesma, senti uma imensa vontade de simplesmente voltar a andar pela aquela avenida olhando tudo, observando. 
Hoje eu percebi tantas coisas, quando eu simplesmente peguei um livro e li por cerca de uma hora seguida, a amizade que eu achei que nunca teria hoje tenho, o sorriso dele, tudo que faz parte de mim, apesar de todos os meus defeitos reconhecidos, eu consegui superar muita coisa. Então me fiz uma proposta, de me deixar em paz por um tempo, não porque eu mereço, porque eu tenho uma certa necessidade disso.

Então vai ser assim?


Há, então foi pra isso que chegou até aqui? Pra largar tudo de mão beijada, deixar o vento levar tudo? E seus sonhos? E as conquistas que você conseguiu fazer até agora? Isso não vale mais nada pra você? Como algo que era tão grande se tornou tão pequeno assim do nada? Cadê aquele sorriso e aquela força de vontade de ser diferente, de fazer diferente, em meio a tantas pessoas ruins, iguais, programadas, você vai deixar ser só mais um realmente? Você vai ficar de boca fechada? Vai deixar que essas pessoas continuem se achando superiores? Vai largar as pessoas que você ama e deixa-las sós mesmo sabendo que elas precisam de ajuda, precisam de você? Demorou tanto pra quase se achar e quando está quase lá vai voltar pra trás? 
Não era essa pessoa que eu conheci à um tempo atrás, a pessoa que eu conheci era tão boa, tinha os olhos brilhantes de tanto amor, um sorriso tão lindo e uma cabeça cheia de sonhos.


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Ser.

E eles vão dizer que te entendem, mas nunca irão entender. Não foi com eles que aconteceu e é por isso que eles não te entendem. Eles podem até tentar fazer com que você participe de algo, mas não vão conseguir, você nunca entrará de verdade neste "algo" deles. Você vai se sentir culpada por eles não te entenderem, vai se sentir jogada, vai se sentir diferente, mas depois de um tempo perceberá que não é culpa sua eles não te entenderem, e que eles realmente te jogaram porque não sabiam aceitar algo novo, alguém novo, e o melhor, vai perceber que ser diferente não é algo ruim. Então em um dia qualquer você vai se perguntar coisas sobre você que nem você entende, e por que você é assim, vai ter uma terrível dúvida sobre quem você é e vai se sentir perdida em meio á tantos pensamentos, não saberá se deve gostar do que realmente gosta ou do que os outros querem que você goste. Mas vai ter um outro dia qualquer que você vai olhar para o céu e ao seu redor e vai se sentir extremamente bem, e não vai ligar em não fazer parte de nada, porque você já é parte de alguma coisa, você é parte do mundo, e isso é bom... eu acho. Não se sentir parte de nada, as vezes pode ser libertador. 

Tomo um café quente enquanto o computador se inicia, 
tomo café quente porque raramente acordo realmente acordado.
Tomo um banho porque já é hora. Me arrumo para ir para o trabalho porque não posso me atrasar, se eu atrasar o chefe vai me xingar. 
E aquele frescor após o banho já acaba assim que saio da porta da minha casa até o ponto de ônibus, é quente demais e eu odeio isso. Minha mãe sempre me avisava: tome um banho gelado, é melhor. Mas quem disse que eu fazia isso?
Em pé esperando o ônibus, ouço meu celular tocar, não é ninguém interessante então resolvo não atender. 
Subo, depois desço as escadas do ônibus, ando um pouco e finalmente lá, naquele maldito lugar. Ando para frente e depois para o lado, não queria estar ali. 
Então de repente ela aparece e eu me esqueço de todos os motivos para não querer estar ali, da insônia, dos alugueis atrasados, do meu cachorro que morreu... tudo de ruim. 
- Oi! - ela disse sorrindo. 
- Oi! - eu sorrio mais ainda. 


domingo, 6 de novembro de 2016

eu & eu

Hoje eu acordei e percebi que eu era mais eu acordei e percebi que eu era mais eu do que nunca. Tudo bem, é fácil ser você mesma quando se está sozinha em um quarto, mas é tão difícil quando você finge algo o tempo todo, porque você acaba esquecendo quem você é de verdade, quem você quer ser e as vezes até quem você não quer ser. Mas naquele momento eu estava tão ciente de todas essas coisas, o meu cabelo bagunçado, armado, mas cheio que cachinhos nas pontas, e eu nunca percebi o quanto eu gostava daquilo. Sempre soube que quando se ama uma pessoa devemos aceitar não só as partes boas, mas os defeitos também, mas se é difícil aceitar algo que está em outro, imagina algo que está em você? Você que ocupa seu corpo, vive sua vida, se abriga 24 horas por dia, tendo que tentar descartar os alarmes dos seus defeitos, mas nem sempre conseguindo, na verdade na maioria das vezes não.

the life

O medo ele ainda existe aqui, em algum lugar ainda sinto suas faíscas queimarem em mim e ás vezes o choro vem por elas mas eu admiro po...